Diante do bufê de um café da manhã

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A partir dos anos 50 do século 20, com a crescente necessidade dos executivos de aproveitarem bem todo seu tempo útil, o café da manhã foi promovido a um tipo de encontro de negócios breve que exige pontualidade. Como se trata de um acontecimento social, convém, no convite impresso ou por e-mail,
indicar o horário – as 8h30min às 10h, por exemplo. É uma boa ocasião para programar palestras, desfiles ou outros eventos e trocar ideias à mesa falando em negócios.

Cada um faz seu próprio cardápio, nessa sequência:

1 – Espumante (num café da manhã mais festivo pode ser servido como brinde ao final), sucos, frutas e água

2 – Cereais com leite e iogurte

3 – Omelete ou ovos mexidos

4 – Café puro ou com leite, chocolate ou chá, acompanhado de pães, manteiga, patês, geléias e frios

5 – Bolos

No bufê, é importante deixar os doces separados dos salgados. No caso de faltar espaço, sugiro colocar bolos e compotas numa das extremidades da mesa do bufê, em nível mais alto. É uma separação racional e charmosa.

Breakfast – Em inglês, a palavra é composta – break (quebra) e fast (jejum) – termo usado no século 19: quebra-jejum. O café da manhã difere do brunch em cardápio e no horário, das 10h às 16h. O brunch inclui quiches, saladas e até sopas – economicamente muito confortável para quem está em viagem. A palavra brunch também é composta: vem de lunch (almoço) e breakfast (café da manhã).

Lembretes – Quando terminar de tomar o café, deixe a colherzinha no pires e não dentro da xícara, um gesto muito comum de se observar e totalmente deselegante. Outro lembrete é quando estiver comendo e for tomar um líquido: primeiro pressionar os lábios com o guardanapo para não deixar vestígios do alimento na borda do copo.

Cafés vienenses – O hábito de tomar café surgiu na Europa, quando os turcos que haviam invadido a
Áustria, ao sair às pressas de Viena, em 1683, deixaram para trás as sacas dos preciosos grãos que haviam trazido da Turquia. Os vienenses gostavam tanto de café que os locais onde eles se encontravam na cidade passaram também a se chamar café. Sigmund Freud, o pai da psicanálise, foi um grande apreciador de
café. Seu predileto foi o Café Central, um ambiente luxuoso em sua época, no centro da cidade.

Cafés da manhã em Porto Alegre: 

  • Café do Porto – (3346-8385) De segunda a quinta-feira, das 8h às 23h; sexta-feira, das 8h às 00h; sábado e domingo, das 10h às 23h. – Rua Padre Chagas, 293
  • Barbarella Bakery – (3268-9720) das 8h às 22h, segunda, quarta, quinta-feira.
    Das 8h às 22h, sexta e sábado; das 9h às 21h, domingos e feriados. – Rua Dinarte Ribeiro, 56
  • Café República – (3573-8177) das 9h às 20h, de terça-feira a sábado. Das 10h às
    20h, domingo. – Rua da República, 38
  • Empório Mercatto – (3085-9500) das 9h às 16h, aos sábados. – Rua Tenente Coronel Fabricio Pillar, 93
  • Jean Pièrre Patisserie et  Boulangerie – (3332-8142) das 12:30 às 20:30,
    segunda-feira. Das 7:30 às 20:30, de terça-feira a sábado. Domingo: das 08h às
    20h. – Rua Eng. Antônio Rebouças, 74
  • Machry – (3024-1300) das 10h às 19h, de segunda a sexta-feira. Sábado: das 9:30
    às 19:30. – Rua Doutor Armando Barbedo, 257
  • Mercopan – (3391-8090) das 7:30 às 20h, de segunda-feira a sábado; das 9h às
    20:30 aos domingos. – Av. Ijuí, 641
  • Padarie – (3517-6583) das 8h às 20h, de terça a domingo  – Rua
    Tenente-Coronel Fabrício Pilar, 822
  • Positano Café – ( 3392-4155) das 9h às 19:30, de segunda-feira a sábado – R. Vicente Failace, 155
  • Priscilla´s Bakery – (3013-6131) De terça-feira a domingo, das 9h às 19h (Vasco da Gama 514). De segunda a sexta-feira, das 9h às 19:30, sábado das 9h às 18h (Rua Mostardeiro, n° 120 – 5° andar – Avenida Center)
  • Quintal Orgânico – (3371-3371) das 7:30 às 10h – Av. Nilo Peçanha, 633
Célia Ribeiro - foto Jonas Adriano

Sinônimo de elegância e cultura, Celia Ribeiro surpreendeu e emocionou seus leitores ao anunciar a aposentadoria aos 86 anos, 60 deles dedicados ao jornalismo. Depois de cursar Filosofia e integrar o Clube de Teatro da UFRGS, ela começou sua carreira assinando críticas de teatro para o jornal A Hora, onde conheceu o marido, o também jornalista Lauro Schirmer, falecido em 2009. Versátil, passou pelas rádios Guaíba e Gaúcha, pelas revistas do Globo e Cláudia, e foi uma das pioneiras da televisão no Estado, com atuação nas TVs Piratini e Gaúcha.

Em Zero Hora, onde começou a trabalhar nos anos 1970, exerceu as funções de repórter, editora, blogueira — e colunista da revista Donna. Compartilhou o conhecimento sobre boas maneiras em uma série de livros, como Etiqueta na Prática e Etiqueta de Bolso, e também dedicou-se a retratar figuras históricas, como na biografia Fernando Gomes. Para além do jornalismo, é lembrada por gerações de debutantes que assistiram a suas aulas de etiqueta.